terça-feira, 7 de outubro de 2008

O tsunami da crise econômica

“É apenas uma marola e nem atravessou o Atlântico”, disse o presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva.
Bem, depois de algumas semanas de turbulência e instabilidade nas bolsas do mundo inteiro, podemos dizer: a crise norte-americana atravessou o Atlântico e chegou ao Brasil.
O resultado disso foi a queda de mais de 13% na Bolsa de São Paulo e a disparada do dólar, que fechou o último dia 06 cotado a R$ 2,20.
Os economistas afirmam que é preciso cautela. Os números comprovam isso. As perdas da Bovespa, no ano, já ultrapassam os 37% e o dólar não pára de crescer. Há três semanas, ele valia R$ 1,60. Agora, subiu para R$ 2,31, valor que não se via desde o século passado, em 1999.
De fato, ainda não estamos sentindo os solavancos mais terríveis dessa desastrosa crise, como os norte-americanos já sentem com o dinheiro ficando escasso para a própria população. Mas, o governo brasileiro, na pessoa do presidente Lula e do ministro da Fazenda, Guido Mantega, não podem negar a existência dessa crise.
O mundo inteiro está interligado por bancos internacionais, empresas multinacionais e pelas exportações. Se há uma crise global, todos sentem. Todos irão sentir, principalmente as economias em crescimento, como a do Brasil, da Índia, do México.
O governo brasileiro deve dar suporte aos bancos nacionais, grandes e pequenos, e auxiliar aos exportadores brasileiros.
O presidente, na figura mais importante do país, precisa passar calma e alertar ao povo brasileiro, mas não pode enganá-lo.
A crise existe e chegou. Já atravessou o Atlântico, passando por Europa e Ásia.
Não é uma marola e sim uma grande onda. Para não dizer um tsunami.

Um comentário:

Unknown disse...

já dizia o cartoon do Myrria no A Crítica de hoje. Marola... sei...