domingo, 29 de março de 2009

O empate foi é muito

Brasil e Equador lá na casa deles. Quem vence? Ah o Brasil, é claro. Apesar da altitude, os jogadores brasileiros são superiores aos equatorianos. Todos pensaram isso. Todos erraram. O empate foi é bom. Merecíamos perder.

Que jogo ruim do Brasil. Jogou mal, mal mesmo. Parecia que eles estavam com dor de barriga, ou verme, algo que dê muita moleza.

Os jogadores andaram em campo. Erraram mais passes que em jogos entre amigos, de brincadeira. Chega deu sono. Enquanto isso, o Equador atacando, atacando. Foram bem umas 20 finalizações e o Júlio César, nosso goleiro salvador, livrou o Brasil da derrota, que era o merecido.

O pior foi a cara-de-pau dos jogadores falando que deram o máximo. Ah, por favor! Exceto, Robinho e Júlio César que afirmaram que o Brasil foi muito ruim.

Ah sim o empate. Júlio Batista marcou para o Brasil, depois de ter substituído o ex-melhor do mundo e decadente Ronaldinho Gaúcho.

Quarta-feira tem jogo de novo, contra o Peru. Será que os apáticos seram mesmo apáticos ou irão acordar e ver que tem quem os substitua??

quarta-feira, 4 de março de 2009

Será?

Me ensinaram que quanto menos expectativas criamos, menos chance temos de nos decepcionar. Mas, será que não ter expectativas signigifica ser pessimista? Ou ainda, não sonhar?

Ontem, dia 3 de março, o Senado brasileiro ''bombou'', ''chacoalhou'', com a declaração de Jarbas Vasconcelos, senador do PMDB/PE. A causa: as palavras ditas nas páginas amarelas da revista Veja de 18 de feveiro (http://veja.abril.com.br/180209/entrevista.shtml).

Ele disse que o Senado virou um teatro de mediocridades e que a maioria dos políticos, com raríssimas exceções, só querem ocupar cargos no governo para fazer seus próprios negócios e ganhar comissões.

Eis algumas frases ditas por Jarbas Vasconcelos:
''O nível dos debates aqui é inversamente proporcional à preocupação com benesses. É frustrante''.
''Ele (Renan Calheiros) não tem nenhuma condição moral ou política para ser senador, quanto mais para liderar qualquer partido''.
''A corrupção está impregnada em todos os partidos. Boa parte do PMDB quer mesmo é corrupção''.
''A classe política hoje é totalmente medíocre. E não é só em Brasília. Prefeitos, vereadores, deputados estaduais também fazem o mais fácil, apelam para o clientelismo. Na política brasileira de hoje, em vez de se construir uma estrada, apela-se para o atalho. É mais fácil.''

Com um discurso fervoroso, mas sem dar nomes aos bois, o senador Jarbas ocupou a tribuna do Senado por mais de duas horas e arrebatou elogios de seus colegas. Arthur Virgílio (PSDB/AM), Demóstenes Torres (DEM/GO), Pedro Simon (PMDB/RS) e Tasso Jereissati (PSDB/CE) foram alguns dos muitos que concordaram com as palavras do senador.

Todos queriam falar. Todos pediam a palavra e concordavam com o pemedebista. ''A política brasileira está contaminada. Precisamos de uma reforma política''. Todos concordaram que era preciso agir e não somente falar. Os senadores falaram de transparência e de projetos que podem começar a resolver essa situação vergonhosa em que se encontram os parlamentares.

Aí, vem a questão das expectativas. Fiquei realmente contente em vê-los discutindo como poderiam resolver esse problema, ou pelo menos, dando ideias. Finalmente, todos assumindo que os poderes Executivo, Legislativo e Judicário estão todos contamindos e precisando de uma reforma.

Agora, a pergunta: é possível mudar essa situação? Para o senador do PMBD Jarbas Vasconcelos ''É possível, mas será um processo longo, não é para esta geração. Não é só mudar nomes, é mudar práticas. A corrupção é um câncer que se impregnou no corpo da política e precisa ser extirpado. Não dá para extirpar tudo de uma vez, mas é preciso começar a encarar o problema.''

Você me pergunta ''é possível mudar''? Sinceramente, não sei. Mas, embora eu possa me decepcionar, tenho o sonho e expectativa de que é possível sim mudar.