quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Nos subestimam

Só se eles nos subestimam. Só pode ser isso.

''O transporte fluvial aqui é como se fosse como os carros em São Paulo''

''Me assustei com tantos carros que tem aqui. Não sabia que era assim''

''Vocês sabem o que é isso, o que é aquilo?''

''A internet está lenta, então vou continuar a palestra aqui enquanto o arquivo baixa''

Essas frases foram ditas pelo jornalista da Rede Globo, José Roberto Burnier, durante sua palestra no Seminário de Jornalismo da Rede Amazônica.

Estou indignada com tais palavras. E ouvi outras, com as quais fiquei horrorizada. Como as pessoas do sudeste podem se sentir tão superiores? Vir aqui em casa e falar na nossa cara que a internet está lenta ou perguntar o tempo todo ''vocês sabem isso né?''.

Quando você vai à casa de alguém, você não reclama das bolachas e do refrigerante que lhe oferecem. Você é educado, prova e não fica falando pra quem lhe convidou que isso ou aquilo é ruim. Você pode até achar ruim, mas respeita por educação e consideração.

Por que o Burnier tinha que nos ridicularizar, na minha opinião, falando coisas que claramente nos coloca abaixo do sudeste?

Que são superiores em algumas coisas como nível de educação e tecnológico até é verdade, mas isso não nos faz inferiores. Muito menos dá direito a ele a fazer esses comentários.

É realmente triste pensar nas coisas ruins que pensam do norte lá no sudeste, mas ver uma pessoa de lá vir falar aqui na nossa casa é bem pior!!!

3 comentários:

Anônimo disse...

Diga lá se a menina não ficou revoltada!
Ainda teve fôlego para postar sobre o assunto. hehe!
Eu também fiquei, mas por inúmeros motivos outros assuntos prevaleceram e dominaram a minh criatividade na hora de atualizar o blog hoje...xD

Unknown disse...

po nas que ridículo. como pode uma coisa dessas? gente ignorante essa. repito o que digo: "e os paulistas, que vivem presos e enchentes, e os cariocas, reféns da violência das favelas?". Eu tbm sei generalizar. ^^

Anônimo disse...

Por isso mesmo Laís, que temos que ser diferentes como jornalistas. Estudar sobre a nossa região, conhecê-la profundamente para assim, quando formos morar, trabalhar ou simplesmente conhecer outros estados, países, podermos ensiná-los. Apresentando o Norte, o Amazonas, a Amazônia comoela realmente é e funciona. É disso que o jornalismo verdadeiro precisa. Não de dicas fúteis sobre como fazer uma reportagem sozinho, sem cinegrafista e por satélite. Seja em Brasília, São Paulo, França ou Curitiba, faremos muito mais. Certo?